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Prefeitos pedem ajuda a Bolsonaro e defendem "solidariedade federativa"

26/04/2022

O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, defendeu, nesta terça-feira (26) a luta da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) em prol da correta remuneração dos serviços prestados pelos hospitais filantrópicos ao Sistema Único de Saúde. A defesa aconteceu durante discurso na XXIII Marcha a Brasília em defesa dos municípios, e com a presença de diversas autoridades, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na fala, defendeu "solideriedade federativa" para enfrentar os impactos financeiros ao setor da saúde.

Ziulkoski lembrou que a Tabela SUS não sofre reajuste desde que foi criada. "Como é que você vai fazer gestão da saúde? Enquanto o teto aumentou 94% a inflação aumentou mais de 1000% desde 1994. Nós estamos lá na ponta fazendo a ginástica para fazer a coisa acontecer".

O presidente da CNM também citou a tramitação no Congresso de inúmeros projetos de lei para a criação de pisos salariais para diversas categorias. "A questão dos pisos, nós temos, senhor presidente da República, e senhor presidente da Câmara, 148 projetos tramitando e criando piso para todo mundo no Brasil. Como é que vai se cumprir piso?", questiona.

No caso específico do Piso da Enfermagem, Ziulkoski argumenta que a CNM calcula um impacto de R$ 9,3 bi nos cofres dos municípios brasileiros. "O nosso cálculo já foi melhorado no Senado, mas inicialmente o impacto era de R$ 48 bilhões só nas Prefeituras. Agora, o impacto é R$ 9,3 bilhões. Estão aqui conosco os nossos amigos da Confederação Nacional dos Hospitais Filantrópicos, 1.800 hospitais, quase 50% dos hospitais do SUS. Só esse projeto tem um impacto de R$ 6,3 bilhões para eles. Os hospitais privados têm mais de R$ 6 bi. Quando somamos isso, são R$ 22 bilhões que vão impactar".

O presidente da CNM argumenta que os municípios não são contra o pagamento de pisos para enfermeiros. "Queremos valorizá-los. Queremos, senhor presidente, fazer emenda. Quem vai pagar isso não é o prefeito, são os Municípios. Queremos uma emenda para que haja uma solidariedade federativa, para que seja possível aumentar. Vamos buscar essa fonte. Não pode criar uma despesa sem criar a fonte".

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