Presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos falou sobre a questão nesta sexta-feira (29), no XXI Encontro Brasileiro de Instituições Filantrópicas pela Saúde da Mama
29 de setembro de 2023 – O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mirocles Véras, foi um dos palestrantes do XXI Encontro Brasileiro de Instituições Filantrópicas pela Saúde da Mama, realizado no Sesc Cultural, em Teresina. Véras explanou sobre as parcerias com as Santas Casas de Misericórdia no enfrentamento à doença.
De acordo com as estimativas de 2023 divulgadas pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Brasil, o país enfrentará um desafio significativo no que diz respeito ao câncer de mama nos próximos anos. Estima-se que entre 2023 e 2025, o número de novos casos de câncer de mama alcance a marca de 73.610, o que corresponde a um risco de 66,54 novos casos para cada 100 mil mulheres.
O maior risco estimado é observado no Sudeste, de 84,46 por 100 mil mulheres. O risco é de 71,44 casos por 100 mil na região Sul; de 57,28 casos por 100 mil no Centro-oeste; de 52,20 casos por 100 mil no Nordeste; e de 24,99 casos novos por 100 mil mulheres na região Norte
“O setor filantrópico de saúde tem papel significativo no atendimento à oncologia. 67% dos atendimentos totais do SUS de procedimentos em oncologia são realizados por essas instituições e 75% delas recebem pacientes oncológicos para atendimento”, ressaltou.
Na ocasião, Véras apresentou dados do Piauí, destacando que, em 2022, 88,70% dos atendimentos para pacientes de câncer de mama foram realizados por hospitais filantrópicos piauienses. No Estado, o setor filantrópico que atende na área é representado pela Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida e a Maternidade Doutor Marques Basto e Hospital Infantil Doutor Mirocles Veras.
O presidente da CMB também elencou alguns desafios das entidades filantrópicas na especialidade, como o financiamento da oncologia x o subfinanciamento da saúde como um todo, a judicialização e questões relacionadas às novas tecnologias, referências científicas, quimioterápicos “inovadores” ou “convencionais”. “Nós, gestores, acabamos colecionando desgastes com nosso corpo clínico, uma vez que compete ao médico determinar o tratamento, de acordo com a condição clínica de cada paciente, tratamentos, muitas vezes, não suportáveis financeiramente pela instituição”, pontuou.
Véras destacou, ainda, a portaria SAES/MS n. 688, de 28 de agosto de 2023, que dispõe sobre a habilitação de estabelecimentos de saúde na alta complexidade em oncologia. A ação contempla o Plano de Atenção para o Diagnóstico e o Tratamento do Câncer, como o instrumento a refletir as ações para a prevenção e o controle do câncer, incentivando a integração entre a Atenção Especializada e a Atenção Primária à Saúde neste propósito.
O dirigente da CMB explicou que caberá aos Estados observarem e apontarem suas realidades, necessidades e especificidades na definição das ações a serem desenvolvidas e a estrutura que garantirá um cuidado integral e de qualidade à população. “Precisamos vencer o desafio de construirmos os melhores relacionamentos com nossos gestores estaduais e municipais de saúde. Poucas das nossas pautas nos colocam em polos opostos e muitas nos aproximam no objetivo de assistir às pessoas em saúde. A oncologia nos integrará”, concluiu.
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