Nesta terça-feira (18), a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) realizou uma reunião virtual com o Banco Safra, dedicada à apresentação de fundos de investimento ANS voltados à gestão das reservas técnicas das operadoras de planos de saúde filantrópicos.
O encontro integra o ciclo de reuniões técnicas conduzidas pela CMB, que vem analisando diferentes propostas de mercado para a gestão eficiente e rentável das reservas das operadoras filantrópicas.
A reunião contou com a presença dos representantes da CMB: o diretor-geral Mário César Homsi Bernardes, o vice-presidente Flaviano Ventorim, o diretor de Saúde Suplementar Fernando César, a diretora administrativa Monaliza Santos e o Roberto Lopes, da São Camilo. Pelo Banco Safra, participaram Ricardo Samuel Rosenberg, Gustavo Ukita (especialista em fundos de custódia), Arielly Fernandes Garcia e Angelica De Mateo Silva.
Produtos e Estratégia Conservadora
O Safra Asset, gestor de aproximadamente R$170 bilhões em recursos de terceiros, destacou seu perfil extremamente conservador na gestão de risco de crédito, um fator crucial para os fundos de reserva obrigatórios da ANS.
Entre as opções apresentadas, que buscam segurança, liquidez e rentabilidade compatíveis com as exigências regulatórias, estão:
- Fundo ANS: Um produto mais conservador, investindo 100% em títulos públicos e apresentando FPR-0 (Fator Ponderado de Risco zero), ou seja, sem risco de crédito.
- Fundo ANS Vitesse: Estratégia que combina títulos públicos (aproximadamente 60%) e crédito privado (cerca de 40%). Sua liquidez foi alterada para D+10 (dez dias) com o objetivo de buscar uma melhor rentabilidade.
- Fundo Restrito: Foi debatida a possibilidade de estruturar um fundo restrito e customizado para as operadoras da CMB, o que permitiria negociar taxas administrativas mais competitivas, desde que se atinja um volume aproximado de R$100 milhões para garantir a eficiência.
Busca por Benefício Coletivo
Segundo o diretor de Saúde Suplementar da CMB, Fernando César, a iniciativa visa otimizar os resultados financeiros das reservas que são legalmente exigidas para garantir o atendimento aos beneficiários das operadoras, independentemente da sua situação financeira.“Apesar de a decisão de adesão ser individual de cada operadora, nosso objetivo é unir a força de nossas associadas para obter melhores condições e maior rentabilidade para o grupo, sempre buscando a segurança e a conformidade com as exigências da ANS,” destacou Fernando César.
