A CMB
A Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) é uma associação sem fins lucrativos ou econômicos, fundada no dia 10 de novembro de 1963. Com sede em Brasília, a entidade é um órgão de união, integração e de representação das Federações de Misericórdias constituídas nos respectivos Estados, bem como das Santas Casas, Entidades e Hospitais Beneficentes. Atualmente, a CMB é composta por 17 Federações Estaduais, e representa 1.824 hospitais sem fins lucrativos em todo o País.
Os membros da sua Diretoria e do Conselho Fiscal não recebem qualquer remuneração pelo exercício da função, nem poderão usufruir, direta ou indiretamente, de vantagens ou benefícios da CMB, sendo-lhes vedado qualquer vínculo remunerado com a instituição. Além disso, a CMB conta, ainda, com a colaboração de dezenas de outros diretores de Federações filiadas, médicos, provedores, administradores hospitalares e técnicos em Saúde, integrantes da estrutura dos milhares de hospitais que compõem a rede representada pela CMB.

Nossa Missão
A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas — CMB tem por finalidade promover a união, integração e desenvolvimento das instituições que representa, bem como o permanente aprimoramento da qualidade da assistência que tais entidades se propõem a prestar, visando sempre o bem-estar da sociedade. Além disso, tem como objetivo proporcionar condições para o desenvolvimento técnico-científico da assistência médico-hospitalar às populações de baixa renda, cobertas pelo Sistema Único de Saúde.
Novidades Federações e Associados
Representatividade
A CMB tem assento em diversas Comissões e Grupos de Trabalho do Ministério da Saúde e demais pastas, na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, acompanha a tramitação de projetos e discussões de interesse do Setor na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, e de ações judiciais que possam impactar o Setor.
A Confederação também é a representante nacional dos movimentos em prol do Setor Filantrópico, articulando com deputados, senadores, Casa Civil, Presidência da República e outras lideranças que se façam necessárias, apresentando pleitos e cobrando soluções para, principalmente, o financiamento da Saúde.
A parceria com outras entidades representativas do setor hospitalar também faz parte do trabalho desenvolvido pela CMB. A entidade participa, por exemplo, do Instituto Coalizão Saúde, que é uma iniciativa de várias entidades privadas de Saúde, cujo objetivo é contribuir para a inovação, a otimização de custos, o aperfeiçoamento de processos regulatórios e as políticas de prevenção e promoção como pilares centrais para que a Saúde brasileira tenha avanços; e é signatária do manifesto pela ética na Saúde, que estabelece ações que tenham elos mais transparentes no mercado de Saúde.
Notícias
Atuações no SUS
As Santas Casas e hospitais filantrópicos são protagonistas da saúde no Brasil, garantindo acesso universal e atendimento em regiões onde, muitas vezes, são a única alternativa de assistência.
Brasil
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Filantrópicos na alta complexidade
Esses dados demonstram a relevância da rede filantrópica como pilar do SUS e reforçam a necessidade de políticas permanentes de financiamento para garantir a continuidade desse serviço essencial à população brasileira.
Palavra do Presidente
Mirocles Véras
Presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB)
As Santas Casas e os hospitais filantrópicos são protagonistas da saúde no Brasil há quase cinco séculos. Constituem a maior rede hospitalar do país, responsável por mais de 50% dos atendimentos de média e alta complexidade do SUS, com 5 milhões de internações e 400 milhões de atendimentos ambulatoriais anuais. Em centenas de municípios, somos a única alternativa de acesso à saúde, reafirmando diariamente o compromisso histórico de cuidar de quem mais precisa.
Assumir a presidência da CMB é assumir também a missão de fortalecer essas instituições, que representam um patrimônio social do Brasil. Nossa atuação vai além da assistência: somos voz ativa nas decisões que moldam o futuro da saúde pública, com legitimidade para dialogar com o Parlamento, o Executivo e a sociedade civil.
Nos últimos anos, tivemos conquistas históricas. A aprovação da Lei nº 14.820/2024, garantiu a revisão periódica da Tabela SUS – um divisor de águas na luta contra o subfinanciamento. Também avançamos nos debates sobre a Reforma Tributária, defendendo a imunidade tributária e condições sustentáveis para a rede filantrópica.
Ao mesmo tempo, investimos em inovação e qualificação, com projetos como o CMB Academy, o Focus DRG, o Consolida e iniciativas de telessaúde, que demonstram nossa capacidade de liderar soluções práticas e estruturantes.
O futuro da saúde brasileira será construído de forma coletiva e pactuada, com coragem para enfrentar os desafios do financiamento, da dívida e da modernização. A CMB seguirá atuando com firmeza para assegurar que cada hospital filantrópico tenha condições de continuar salvando vidas, gerando conhecimento e fortalecendo o SUS.
Mais do que números, representamos pessoas. Profissionais dedicados, pacientes acolhidos e famílias que encontram na rede filantrópica cuidado, esperança e dignidade. É com esse espírito que reafirmamos: a CMB é de todos nós, e juntos construiremos o futuro da saúde no Brasil.

Diante de toda essa magnitude, na desafiadora e honrosa oportunidade de presidir a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, nossa missão e meta é engrandecer estas instituições, sendo porta-voz junto aos líderes políticos e governantes para buscar as melhorias necessárias para que nossas entidades continuem desenvolvendo, com excelência, o significativo atendimento que prestam à sociedade brasileira. Aos hospitais filantrópicos dos quatro cantos desse país, contem com a CMB para representá-los, apoiá-los em suas empreitadas, fazer ecoar os seus pleitos e batalhar conjuntamente por eles.
Desde a sua fundação, em 1963, a CMB vem lutando incansavelmente pelos nossos hospitais e muitas vitórias já foram conquistadas. O trabalho continua de forma aguerrida e intensa para que as necessidades do nosso setor filantrópico, que tanto faz pela saúde do povo brasileiro, tenham soluções que nos permita fazer muito mais.
A história de misericórdia das Santas Casas
Santa Casa de Portugal
Primeira Santa Casa da Misericórdia criada em 15 de agosto de 1498, em Lisboa, pela rainha Leonor de Lencastre, esposa de Dom João II

O vocábulo “misericórdia” tem sua origem no latim e significa em sentido estrito “doar seu coração a outrem” (“misere” e “cordis”). Em sentido mais amplo quer dizer “doar a quem necessita”. As Santas Casas de Misericórdia trabalham com o objetivo de atender este princípio, recebendo os mais necessitados.
A primeira Santa Casa do mundo foi criada em 15 de agosto de 1498, em Lisboa, pela rainha Leonor de Lencastre, esposa de Dom João II, originando a “Confraria de Nossa Senhora de Misericórdia”, em um período da história lembrado por tragédias, guerras e pelas grandes navegações. Nesse cenário, o surgimento das Santas Casas ficou marcado pela retomada de sentimentos como a fraternidade e a solidariedade. Prova disso é que, muitas vezes, a Irmandade não precisou de uma instituição física: ela foi ao encontro dos enfermos e inválidos, onde quer que eles estivessem. Assim, chegou à Ásia, África, se espalhou pela Europa e, claro, pelas Américas. Naquele mesmo ano, foram fundadas dez filiais, sendo oito em Portugal e duas na Ilha da Madeira.
No Brasil, as primeiras santas casas surgiram logo após o seu descobrimento, precedendo a própria organização jurídica do Estado brasileiro, criado através da Constituição Imperial de 25 de março de 1824. Até esta data já haviam sido fundadas as Santas Casas de Santos (1543); Salvador (1549); Rio de Janeiro (1567); Vitória (1818); São Paulo (1599); João Pessoa (1602); Belém (1619); São Luís (1657), Campos (1792) e Porto alegre (1803) entre outras. Destas derivaram outras entidades similares, como as Beneficências Portuguesas, Hospitais Filantrópicos das comunidades Judaica, Japonesa, Sírio-Libanesa, ou mesmo ligadas a movimentos da igreja Católica, Protestante, Evangélica, Espírita, entre outras, totalizando, até os dias atuais, cerca de 2.100 estabelecimentos de saúde espalhados por todo o território brasileiro.
Uma vez criadas, passaram a se dedicar ao atendimento aos enfermos e, em alguns casos, em mais de uma direção, ou seja, no amparo à velhice, à criança, aos hansenianos, à educação entre outras. Cabe destacar que, na maioria dos continentes e países onde foram fundadas, as Misericórdias se anteciparam às atividades estatais de assistência social e à saúde. No Brasil, e em alguns outros países, também foram as responsáveis pela criação de alguns dos primeiros cursos de Medicina e Enfermagem, como é o caso daquelas fundadas na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Porto Alegre. Atualmente, as Santas Casas são responsáveis pelo maior número de residências médicas, contribuindo com a formação dos profissionais da medicina.
No Brasil, a atuação dessas instituições apresentou duas fases: a primeira compreendeu o período de meados do século XVIII até 1837, de natureza caritativa; a segunda, o período de 1838 a 1940, com preocupações de natureza filantrópica.
A filantropia distingue-se da caridade pelos seus objetivos. A fim de tornar a ajuda útil àqueles que dela necessitam, os filantropos acreditam ser necessário mudar-lhes a natureza, dar mais conselhos do que bens. É preciso não só recolher as pessoas, mas dar-lhes orientações que promovam o reerguimento da família e, conseqüentemente, da sociedade. Portanto, ao assistir enjeitados e marginalizados, há a preocupação com o destino destes indivíduos, em torná-los úteis à sociedade. Assim, a caridade cede lugar à filantropia.
Desde sua origem, até o início das relações com os governos (especialmente na década de 1960), as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações das comunidades, vivendo períodos áureos, em que construíram seus patrimônios, sendo boa parte destes tombados como patrimônio histórico.
A partir de meados da década de 1930, em pleno regime Getulista no país, inicia-se a regulamentação das relações trabalhistas e o sistema de previdência com forte atuação dos Institutos de pensões, previdência e assistência social, nos quais se inserem a organização e o provimento de serviços de saúde, por categoria de trabalhadores conforme cada instituto. Com isso, os prestadores de serviços de saúde do setor filantrópico iniciam a prática de contratos e convênios com esses institutos surgindo o modelo econômico nessas relações.
Em 1966, com a substituição das funções sociais, previdenciárias e de saúde dos institutos pelo Governo, através do INPS Instituto Nacional de Previdência Social, inicia-se a fase de atendimento e de participação nas políticas publicas pelo setor filantrópico. Depois, com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), durante o regime militar, o órgão tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas não eram suficientes para atender a demanda. Por isso, a maior parte do atendimento era realizada pela iniciativa privada, isto é, os hospitais sem fins lucrativos. A capilaridade dos hospitais também favoreceu a parceria com o governo. Contudo, os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento, mas a população passou a entender que os hospitais filantrópicos eram públicos e o número de doações das comunidades caiu drasticamente.
Com a crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS, o Instituto passou por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já em uma transição com o SUS, que foi oficializado com a Constituição Federal de 1988 e que recebeu os patrimônios e encargos do INAMPS como “herança”.
A partir da organização do SUS, através formulação político-estratégica da 8.ª Conferência Nacional de Saúde, que resultou na inclusão do SUS na Constituição Federal, o setor filantrópico ingressou de uma vez no modelo de assistência com participação efetiva no atendimento e na contribuição de formulação de políticas publicas de saúde, tornando-se parte integrante e essencial para o sistema.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, que, segundo a Constituição, garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos. Regulado pela Lei Orgânica da Saúde (Lei nº. 8.080/1990), o SUS deve financiado com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Para os hospitais sem fins lucrativos, em sua maioria responsável pelo atendimento de Alta e Médica Complexidade, essa ligação com o sistema público, no entanto, passou a representar um problema, já que seu financiamento é deficitário. Atrelados à Saúde Pública, por força constitucional, os hospitais dependem, ainda hoje, da vontade política para aumentar os recursos da Saúde. Enquanto isso, os hospitais estão endividados e junto à Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), buscam uma solução.
Ministros e Políticas
Ao longo das últimas décadas, a CMB acompanhou a passagem de diferentes ministros da Saúde, cada um com sua agenda própria. Essa rotatividade revela um dos maiores desafios do setor: a dificuldade de consolidar a saúde como uma política de Estado, e não apenas de governo. A cada mudança ministerial, projetos são descontinuados, prioridades se alteram e o setor filantrópico precisa se readaptar, arcando com os ônus dessa instabilidade.
Nesse cenário, a CMB atua como ponte institucional entre os hospitais e o poder público. Articula com o Congresso Nacional, o Executivo, o CONASS e o CONASEMS, defendendo soluções estruturantes para a sustentabilidade da rede. Entre os temas prioritários estão: a revisão periódica do financiamento da saúde, a construção de um modelo estável de contratualização, a valorização da telessaúde, a busca por um fundo garantidor de crédito e o fortalecimento de programas de qualificação e certificação hospitalar.
A realidade mostra que, enquanto o sistema de saúde não for tratado com continuidade e visão estratégica, persistirá a fragilidade de depender de iniciativas pontuais. Por isso, a CMB defende que a política pública para o setor filantrópico seja construída de forma duradoura, pactuada e sustentável, assegurando condições reais para que as Santas Casas e hospitais filantrópicos sigam cumprindo sua missão histórica de garantir acesso à saúde para todos os brasileiros.
Diretoria da CMB

Mirocles Campos Véras Neto
Presidente

Flaviano Feu Ventorim
Vice-presidente

Samuel Peter Krause
Conselho fiscal

Sebastião Correia dos Santos
Conselho fiscal

Luciney Bohrer
Conselho fiscal

Marfiza Machado de Novaes
Suplente

Aldenis da Silva Machado
Suplente

Edmilson Paranhos de Magalhães Filho
Suplente
Galeria de Presidentes

Estatuto CMB
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Estatuto da confederação das santas casas de misericórdia, hospitais e entidades filantrópicas
Sede CMB