Dra. Tânia Mara Coelho defende a contratualização e o diálogo como bases para o fortalecimento do SUS e das instituições filantrópicas

Durante o 33º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Dra. Tânia Mara Silva Coelho, participou do Podcast CMB e trouxe uma reflexão sobre o papel estratégico da contratualização, do planejamento e da colaboração entre o setor público e o filantrópico na construção de um sistema de saúde mais integrado e sustentável.

“Inovar em gestão não é apenas usar tecnologia, é criar vínculos e compromissos baseados em metas reais e resultados mensuráveis. A contratualização bem feita é uma ponte entre as necessidades da população e as ações do sistema de saúde”, afirmou.

Contratualização como instrumento de eficiência e transparência

A Dra. Tânia destacou que a contratualização é um dos principais mecanismos para garantir eficiência e clareza nas relações entre as secretarias de saúde e os hospitais filantrópicos. “Não basta assinar contratos – é preciso acompanhá-los, avaliar indicadores e garantir que cada meta tenha impacto direto na vida do cidadão”, explicou.

Ela ressaltou que a visão sistêmica do paciente e a regionalização dos serviços são diretrizes essenciais para o fortalecimento do SUS. “Quando falamos em regionalização, falamos em garantir que cada região tenha acesso ao que precisa. A contratualização deve refletir isso, planejando com base nas carências e potencialidades de cada território”, completou.

O papel essencial das filantrópicas no SUS

Com experiência em gestão pública e trajetória dedicada à saúde coletiva, a presidente do CONASS enfatizou a importância das instituições filantrópicas na estrutura do sistema público de saúde. “O SUS não vive sem as filantrópicas. Elas foram fundamentais durante a pandemia e continuam sendo essenciais como hospitais de referência e retaguarda. É preciso valorizá-las e fortalecê-las com políticas sólidas, previsibilidade e parcerias bem estruturadas”, destacou.

Para Tânia, eventos como o Congresso da CMB são espaços estratégicos para diálogo e cooperação entre gestores estaduais, municipais e representantes das Santas Casas. “É nesse ambiente que trocamos experiências e construímos soluções conjuntas. A saúde pública é uma obra coletiva”, disse.

Gestão baseada em dados e inovação colaborativa

A presidente do CONASS também apresentou iniciativas que o Conselho vem desenvolvendo para modernizar a gestão pública da saúde, com destaque para os Centros de Inteligência Estratégica implantados em diversos estados.

“Esses centros reúnem indicadores, dados e painéis de acompanhamento que permitem uma gestão à vista. O objetivo é garantir decisões mais assertivas e transparentes, além de fortalecer a capacidade dos estados em planejar e avaliar suas ações”, explicou.

Ela destacou que o compartilhamento de informações e boas práticas entre estados é um dos grandes diferenciais do CONASS. “O Brasil é um país continental, e cada estado tem sua realidade. O aprendizado mútuo é o que nos faz avançar. O que dá certo em um lugar pode inspirar soluções em outro”, observou.

Filantropia, empatia e o sentido do cuidado

Ao final da entrevista, Tânia trouxe uma lembrança pessoal que marcou sua relação com o setor filantrópico: o período em que realizou estágio na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza (CE).

“Na Santa Casa, aprendi o verdadeiro significado do cuidado. Vi pacientes sendo tratados com dignidade e amor. A filantropia é isso: olhar para o cidadão com empatia, oferecer acolhimento e garantir acesso à saúde como direito”, relembrou emocionada.

Segundo ela, essa experiência ajudou a moldar sua visão sobre o papel social das Santas Casas. “Essas instituições dão voz à população. Elas são o elo entre a técnica e a humanidade, entre o sistema e o cidadão”, afirmou.

Unir forças pelo fortalecimento do SUS

Encerrando o episódio, Tânia reforçou a importância da união entre os diferentes níveis de gestão e as instituições filantrópicas. “Fortalecer o SUS é fortalecer a filantropia. As duas coisas caminham juntas. O SUS precisa das Santas Casas, e elas precisam de um sistema público sólido para continuar sua missão”, disse.

Ela agradeceu o convite da CMB e destacou a importância de espaços de diálogo como o Congresso Nacional. “Esses encontros são fundamentais para que possamos alinhar estratégias, compartilhar saberes e construir juntos o futuro da saúde pública no Brasil”, concluiu.

O episódio completo do Podcast CMB com a Dra. Tânia Mara Coelho está disponível no canal da CMB no YouTube, reunindo reflexões sobre contratualização, diálogo, gestão pública e o papel essencial da filantropia no fortalecimento do SUS.📺 Assista na íntegra no canal da CMB no YouTube.

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