O Encontro Sobre Hepatite C Crônica e Patologias Associadas do Interior do Estado está em sua 5ª edição e já se apresenta como um dos eventos mais importantes na área
Profissionais de mais de 20 cidades do Estado de São Paulo e de outros três estados brasileiros (Rio de Janeiro, Goiânia e Porto Alegre) participam hoje (24) do V Encontro Sobre Hepatite C Crônica e Patologias Associadas do Interior do Estado de São Paulo. Organizado pelo IVIP (Instituto de Vacinação e Infectologia de Piracicaba) com apoio da Santa Casa de Piracicaba, o evento acontece das 10h às 18h, no Espaço Beira Rio, que fica na Rua do Vergueiro, 78.
O Encontro, que já se configura como um dos mais importantes da área, permitirá aos participantes discutir as novas tecnologias e, especialmente, os resultados do tratamento inovador que chegou ao Brasil no fim do ano passado por meio do novo protocolo do Ministério da Saúde, que agora importa dos Estados Unidos, Canadá e Holanda as drogas Sofosbuvir, Daclatasvir e Simeprevir, proporcionando taxa de cura superior a 90% para a hepatite C crônica.
“Além do baixo potencial de cura real, o tratamento anterior em muitos casos era abandonado pelos pacientes devido aos fortes efeitos colaterais”, afirma o médico infectologista Hamilton Bonilha (CRM 51.466), coordenador do evento e do SCIH- Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa.
Segundo ele, as novas drogas foram concebidas para inibir as enzimas usadas pelo vírus da hepatite C na sua replicação. Abordagem semelhante é adotada no controle do HIV, processo que também utiliza a associação de drogas para impedir que o vírus desenvolva resistência.
“Se nenhum vírus da hepatite for detectado no sangue 12 semanas após o fim do tratamento, podemos afirmar que, praticamente, não há chance de que o vírus regresse e o paciente é considerado curado. O fígado danificado pode, então, se recuperar parcialmente”, disse Bonilha, lembrando que o Encontro tem justamente a finalidade de reunir os principais prescritores brasileiros destes novos fármacos e demonstrar essa experiência, a exemplo de Edison Roberto Parise, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia e coordenador do Serviço de Hepatologia da Unifesp; Giovanni Faria Silva, ex-presidente da Associação Paulista de Estudos do Fígado e coordenador do Serviço de Fígado da Unesp, e Fernando Lopes Gonçales Jr, da Sociedade Paulista de Infectologia da Unicamp.
Certamente por isso o evento ganha mais notoriedade a cada ano. Outro fator positivo é localização privilegiada de Piracicaba, que facilita o acesso dos participantes, permitindo que estudos científicos desse porte saiam dos grandes centros e se concentrem em cidades do interior, que ainda têm carência de informações.
“Não posso deixar de exaltar nossos patrocinadores, pois o apoio das indústrias farmacêuticas em eventos como estes, garantem a vinda de profissionais renomados e a possibilidade de os profissionais de todas as partes terem contato direto com esses especialistas”, ressalta.
Fonte: Assessoria de imprensa Santa Casa de Piracicaba
