Durante o 33º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, o fundador e CEO da MV, Paulo Magnus, participou do Podcast CMB e compartilhou sua visão sobre o papel da transformação digital na saúde filantrópica.
Com mais de três décadas de atuação no setor e à frente de uma das maiores empresas de tecnologia em saúde da América Latina, Paulo falou sobre a necessidade de aproximar a inovação da gestão hospitalar e de preparar as Santas Casas para uma nova era.
“A CMB tem um papel decisivo porque o sistema filantrópico responde por cerca de 50% das internações do SUS. É um setor que carrega o país nas costas. A tecnologia é o que pode garantir sua sustentabilidade no futuro”, afirmou.
Transformação digital e inteligência artificial: o futuro é agora
Ao abordar o tema central de sua palestra no Congresso, Paulo reforçou que a revolução da inteligência artificial já é uma realidade na saúde – e que as instituições filantrópicas precisam fazer parte desse movimento.
“O futuro já chegou. A inteligência artificial é uma das maiores revoluções da história, talvez até maior que a Revolução Industrial. Precisamos garantir que as Santas Casas não fiquem de fora dessa transformação”, destacou.
Segundo ele, a MV tem atuado para promover a digitalização hospitalar, conectando sistemas, reduzindo burocracias e automatizando processos médicos. “Os radiologistas não escrevem relatórios há 40 anos – tudo é automatizado. Agora, essa realidade começa a chegar a outras áreas da medicina e pode mudar a forma como gerimos a saúde”, explicou.
Gestão de pessoas e coragem para inovar
Paulo também destacou a importância da liderança e da formação de equipes preparadas para lidar com a tecnologia. “As decisões sobre tecnologia ainda são tomadas por gestores que muitas vezes não conhecem profundamente o tema. É hora de trazer a tecnologia para o centro das decisões e investir em pessoas que dominem essas ferramentas”, afirmou.
Para o empresário, o momento atual representa uma encruzilhada histórica para as Santas Casas. “Ou a gente inova e se adapta, ou ficamos para trás. Precisamos usar a tecnologia não só para melhorar processos, mas para garantir a sobrevivência das instituições e o cuidado com quem mais precisa.”
Sinergia e colaboração: o caminho da sustentabilidade
Paulo defendeu que as instituições devem atuar em rede, construindo hubs de gestão compartilhada e trocando boas práticas. “Precisamos unir esforços, criar centros de serviços compartilhados (CSCs) e compartilhar modelos de gestão que reduzam custos e ampliem a eficiência. A colaboração é o que vai sustentar o setor”, afirmou.
Ele destacou que a saúde filantrópica é subfinanciada, mas tem uma força extraordinária: a união de suas lideranças. “Quando gestores e hospitais se unem, conseguem encontrar soluções conjuntas para desafios históricos.”
Sonhos, persistência e propósito
Encerrando a entrevista, Paulo compartilhou uma mensagem de inspiração sobre propósito e determinação. “Eu comecei minha trajetória em uma instituição filantrópica e trago isso comigo até hoje. A mensagem que deixo é: nunca desistam dos seus sonhos. Com repetição, treinamento e fé, o sonho vira realidade”, afirmou.
Ele contou que escreveu um livro voltado à área da saúde com o objetivo de inspirar líderes e gestores a construir caminhos melhores para si e para suas instituições. “A transformação começa quando acreditamos naquilo que fazemos. A tecnologia é ferramenta; o sonho é o combustível”, concluiu.
O episódio completo do Podcast CMB com Paulo Magnus está disponível no canal da CMB no YouTube, reunindo reflexões sobre inovação, gestão, liderança e o futuro digital da saúde filantrópica.
📺 Assista na íntegra no canal da CMB no YouTube.