O presidente da CMB, Mirocles Véras, participou, na manhã desta terça-feira (8/12), de reunião virtual da comissão externa da Câmara dos Deputados, que avalia as ações contra a Covid-19, para debater o Orçamento para a Saúde em 2021. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o ano que vem não conta com os recursos extraordinários liberados neste ano para o combate à pandemia do coronavírus (PLN 28/20).
Em sua explanação, Véras ressaltou a preocupação do setor filantrópico quanto ao subfinaciamento das instituições, que ficará agravada no próximo ano com a demanda reprimida de exames e procedimentos que não foram realizados por conta da pandemia. “Existe preocupação com quase o 1 bilhão de procedimentos que vão demandar a mais no próximo ano. Tudo isso vai bater na porta dos nossos hospitais, que estão e sempre estarão abertos para atender ao SUS, porém, com o endividamento muito alto em que nossos hospitais se encontram e com o subfinanciamento, será que ano que vem eles terão condições de manterem as portas abertas, atendendo aos pacientes pelo mesmo valor da tabela SUS? Tenho certeza que não”, salientou.
O dirigente da CMB ressaltou que as dificuldades vêm resultando no fechamento de leitos e lembrou o impacto que isso acarreta na prestação de serviço à Saúde, tendo em vista que, além de atender a 50% da demanda de baixa complexidade do SUS e 70% da alta complexidade, em mais de 800 municípios brasileiros, as instituições filantrópicas são as únicas unidades locais de atendimento. “As entidades filantrópicas são a base da área hospitalar do SUS. Colocamos um projeto para ser construído, sobre a sustentabilidade das nossas instituições, envolvendo vários órgãos e ficou de ser encaminhada comissão para junto ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e Ministério da Saúde darmos andamento à essa questão”, falou. “Queremos muito continuar prestando o serviço que prestamos, atendendo com carinho e amor aos pacientes como sempre fizemos”, concluiu.
